pernalta

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pernalta

Consta que esta ave nasceu na fragilidade de um desenho a lápis, com destino marcado. Isso moldou-lhe a elegância. A silhueta bem definida permitiu o decalque sobre uma pequena placa de cobre de espessura milimétrica. Uma vez recortada nesse material e fixada numa base, adquiriu definitiva segurança a fim de poder desempenhar as próprias funções. Cabia-lhe o dever de segurar o tempo no ritmo elegante de uma passada larga, pronta para alcançar o infinito. Quer trouxesse quer não, a máquina do tempo dependurada na extremidade de um membro, mantinha sempre o exacto rigor da postura de um passo suspenso. Recentemente teve de sair da solenidade habitual para incarnar em desinteressantes funções de modelo de desenho à vista, correndo o risco de poses impróprias da boa conduta. Ambicionava legitimamente regressar às funções para que fora moldada. Tinha consigo a força com que a razão respeita a natureza. Só terá de perdoar a quem não lhe respeitou a vocação.
Retomou a responsabilidade de carregar com o tempo até ao limite.

 

Tomaz Borba Vieira

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Autor: Tomaz Borba Vieira     Fotografia: Fernando Resendes

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DETALHES DO PRODUTO

Informação adicional

Dimensões (C x L x A) 24,5 × 20 × 1,1 cm
ISBN

978-989-735-091-7

Idioma

Português

Edição

2015

N.º Páginas

38

Encadernação

Capa dura

Editora

Letras Lavadas

SOBRE O AUTOR

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Autor: Tomaz Borba Vieira     Fotografia: Fernando Resendes

ISBN: 9789897350917

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