Eu tenho uma carta escrita
Entre 1924 e 1933, Cândido Pamplona Forjaz e Maria do Livramento de Mesquita Abreu trocaram cartas-diários de amor, entre Angra do Heroísmo e Lisboa, com passagens por São Miguel e pelo Funchal. Esse espólio, a que a equipa do Projecto Memórias das Gentes que fazem a História teve acesso, permite-nos reconstituir os quotidianos insulares e continentais e abre-nos portas para uma outra História, vivida e sentida.
Para além da cumplicidade e privacidade, partilhada entre os dois namorados, esta correspondência permite, ao leitor, uma outra visão de uma época marcada pela mudança, pela ansiedade, pela instabilidade política e social que se vive, nesta época, na capital e nas ilhas.
Numa clara apropriação do verso do cancioneiro açoriano, «Eu tenho uma carta escrita» é um exemplo de como os arquivos familiares e os documentos pessoais são capazes de rasgar o tempo e de servir como fontes históricas.
9789897351785
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