Jean Chamblin
Jean DuPuy Chamblin (Nevada, 1876 – d. 1950), com raízes na Virgínia e em França, dedicou a vida ao teatro, à escrita e ao activismo. Obteve sucesso episódico como atriz, contracenando com actores e actrizes como Tyrone Power Sr. e Mrs. Fiske (em 1899, no The Fifth Avenue Theatre, em Becky Sharp, com o papel de Marquesa de Steyne). Em 1919 viaja para França para trabalhar na American Expeditionary Force como Secretária do National War Work Council do YMCA. Viajou múltiplas vezes ao longo da vida, tanto nos EUA, enquanto actriz, como no estrangeiro, especialmente na Europa. Em 1902 visitou os Açores, tal como a sua personagem Kate, talvez fugindo à consciência da sua obscuridade como actriz. Partiu de Nova Iorque no vapor Dona Maria, passou pelo Faial, por São Jorge e por Angra do Heroísmo, e chegou a Ponta Delgada por volta de 8 de Maio de 1902. Aí permaneceu até final de Julho, no Hotel Brown, onde conheceu os proprietários. Fez as obrigatórias excursões às Sete Cidades e às Furnas, embrenhou-se na vida da Rua do Beco, participou nas Festas do Espírito Santo, que fotografou, e tirou notas para a sua narrativa de viagem romanceada, quase autobiográfica e epistolar. Publicou-a em 1905, na Putnam, depois de ter saído em série na revista The Critic. Além do guião para o filme mudo Back to the Simple Life, de 1914, não se lhe conhecem mais obras.
MANUEL MENEZES DE SEQUEIRA (tradução)
Nasceu em Lisboa, em 1965, e cresceu em Cascais. Frequentou o Técnico, em Lisboa, onde concluiu a licenciatura, o mestrado e o doutoramento em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Dedicou-se à carreira académica, tendo leccionado no ISCTE-IUL, na Universidade Católica Portuguesa, no Instituto Piaget e na Universidade Europeia. Depois de uma primeira visita aos Açores em 1991, voltou em 1997, tendo então passado pela primeira vez pelas Flores. Regressou às Flores anualmente, de férias, entre 1999 a 2017. Em 2018 adoptou definitivamente esta ilha onde, rodeado das «flores de diligência e força/com raízes de tino» que tão bem Pedro da Silveira descreveu, dedica o seu tempo a recuperar um par de casas na freguesia do Mosteiro, e tenta, com a sua esposa, dar nova vida ao belíssimo lugar da Caldeira do Mosteiro. Nas horas vagas dedica-se a percorrer os velhos caminhos florentinos e a mergulhar nos arquivos procurando antigas referências à sua terra adoptiva.
ISBN: 9789897355349